
Em janeiro de 2007, o público paulista lotou a quadra central do Aberto de São Paulo para ver a estréia da atração principal do torneio que retornava ao circuito, o argentino Guillermo Cañas. A partida era contra o italiano Fábio Fognini, então com 19 anos. O europeu ocupava a 247a colocação na ATP e com jogadas displicentes não ofereceu resistência no primeiro set, perdido por 6/1. Na segunda parcial, voltou mais focado e perdeu por 6/4 para o tenista que ganharia o torneio.
Apesar do resultado, quem viu aquela partida percebeu que o italiano é talentoso. O estilo de jogo lembra ao do ex-número um espanhol, Carlos Móya. Baseia seu jogo na direita, fugindo da esquerda com duas mãos sempre que possível. Fognini não tem grande estatura, mede apenas 1,77m, mas se vira muito bem com seu serviço, sempre profundo. Aliás, até na forma de se vestir ele parece com Móya no início da carreira, com sua bermuda no joelho e faixa no cabelo. A raquete, por coicidência, também é do mesmo fabricante.
Pouco mais de um ano após aquela partida, o italiano parece ter entendido que displicência e tênis não combinam e os resultados não demoraram a aparecer. Vale a pena ficar de olho neste nome que poder dar muito trabalho nesta temporada, principalmente no saibro, onde sua forma de jogar prevalece.
Fognini já é o 93 do mundo. Desde aquela partida contra Cañas, o tenista foi finalista de três torneios Challengers (Santiago, San Remo e Furth) e outras três semifinais (Bytom, Assunção e Buenos Aires). No segundo semestre de 2007 passou a jogar alguns ATPS e se deu bem. Foi quartas-de-final em Kitzbuhel, oitavas-de-final no Masters Series do Canadá e no ATP de Mumbai.
Em 2008, o italiano foi quartas-de-final no ATP de Viña del Mar e já está na mesma fase no Brasil Open, aqui na Costa do Sauípe. Fognini despachou há pouco espanhol Albert Montañes, oitavo favorito, por 7/5 e 6/3. Ele busca sua primeira semifinal na ATP contra o vencedor da partida entre o algoz de Guga, carlos Berlocq e IVo Minar.O garoto tem jogo para vencer de qualquer um dos dois e quem sabe ir até mais longe.
Com fognini, a Itália ganha mais um reforço para sua 'armada'que já conta com outros quatro top 100.
*crédito: João Pires/Foto Jump
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